terça-feira, 2 de março de 2010

Retração em Alvenaria Estrutural

O efeito da retração, quando não tratado corretamente, é uma das principais causas de fissuras em edifícios, incluídos os de alvenaria estrutural. Este artigo tem por objetivo indicar alguns detalhes de projeto e cuidados durante a execução, para minimizar o potencial de desenvolvimento de fissuras por retração em edifícios de alvenaria estrutural.
São indicados alguns cuidados como posicionamento de juntas, escolha correta dos blocos e respeito ao tempo de assentamento desses, armação das paredes e preenchimento das juntas verticais.

Blocos de concreto
O ensaio de retração por secagem dos blocos é realizado de acordo com a NBR 12117/1991. Serve para certificação da qualidade destes e deve ser realizado apenas pelo fabricante e não pela obra. A máxima retração permitida dos blocos é igual a 0,65 mm/m. Segundo a NCMA (National Concrete Masonry Association) (2003a), quando não há variação no traço ou no procedimento de fabricação, deve-se repetir o ensaio a cada dois anos. Nesse ensaio os blocos são submetidos a condições extremas de umidade, próxima a zero e 100%.
No caso da parede construída na obra, não se espera que esta seja submetida a condições tão extremas e, portanto, a retração por secagem da parede será igual a uma parcela da retração medida no bloco. Entretanto, para se obter a retração total, deve-se somar a retração por carbonatação, além da retração inicial irreversível. Segundo o NCMA (2003b) a retração por carbonatação ocorre a partir da reação entre materiais cimentícios e o dióxido de carbono presente na atmosfera; é caracterizada por um processo lento e ao longo de vários anos e sugere considerar o valor de 0,25 mm/m.

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Artigo publicado pela Revista Téchne, edição 119 - Fevereiro de 2007.

Jemylee Sá.

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