segunda-feira, 15 de março de 2010

Tecnologia de argamassas - Parte 1

Segundo a NBR 13281/2001, "argamassa é uma mistura homogênea de agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água, contendo ou não aditivos, com propriedades de aderência ou endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação própria."

As argamassas podem ser empregadas em:
  • Revestimento;
    • Alvenarias: emboço, reboco e monocamada.
  • Assentamento;
    • Alvenaria;
    • Cerâmicos: argamassa colante.
  • Ponte de aderência;
    • Chapisco.
  • Rejuntamento;
    • Cerâmico;
    • Rochas ornamentais.
  • Regularização;
    • Contrapiso.
  • Argamassa armada.
As argamassas podem ser aplicadas manualmente ou mecanicamente (projeção).

A impermeabilização, proteção radiológica, isolamento térmico, pigmentação e texturização são características especiais da argamassa.

Tipos de aglomerante:
  • Cal;
  • Cimento e cal;
  • Cimento;
  • Gesso.
Principais funções dos componentes da argamassa:
  • Aglomerante
    • Resistência mecânica;
    • Módulo de elasticidade;
    • Resistência a água.
  • Agregado
    • Retração;
    • Abrasão;
    • Custo.
  • Aditivo
    • Reologia (Ex: incorporador de ar.);
    • Coesão;
    • Estanqueidade a água;
    • Retenção de água.
Na parte 2 continuamos com as propriedades da argamassa no estado fresco e endurecido.
 

Jemylee Sá.

    O que é lixo?

    De acordo com o Dicionário de Aurélio:

    "Lixo é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas
    inúteis, velhas e sem valor."


    “Resíduo é aquilo que resta de qualquer substância; resto; resto do que sofreu alteração de qualquer agente exterior, por processos mecânicos, químicos, físicos, etc.”


    A ABNT define:

    "Restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional.“


    “Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.”


    Outra definição para resíduo sólido:
     

    "São os restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis. normalmente, apresentam-se sob estado sólido, semi-sólido ou semi-líquido". (IPT/CEMPRE,1995).
     


    Jemylee Sá.

    sábado, 13 de março de 2010

    Porque reciclar?

    A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg.

    * Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores.
    * Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia.
    * O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e pelo perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,etc.

    Tipos de lixo:
    • Doméstico (alimentos)
    • Industrial (carvão mineral, lixo químico, fumaças)  
    • Agrícola (esterco, fertilizantes)  
    • Hospitalar  
    • Materiais Radioativos ( indústria medicina...)
    • Tecnológico (TV, rádios)  
    Em torno de 88% do lixo doméstico vai para o aterro sanitário. A fermentação produz dois produtos: o chorume e o gás metano.
    Menos de 3% do lixo vai para as usinas  de compostagem(adubo).
    O lixo hospitalar, por exemplo, deve ir para os incineradores.
    Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado!!

    Por quê?
    Porque reciclar é 15 vezes mais caro do que jogar o lixo em aterros.
     
    Nos países desenvolvidos como a França e Alemanha, a iniciativa privada é encarregada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis pelo destino do lixo e o consumidor também tem que fazer sua parte. Por exemplo, quando uma pessoa vai comprar uma pilha nova, é preciso entregar a usada.


    Uma garrafa plástica ou vidro pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma lata de alumínio, de 80 a 100 anos. Porém todo esse material pode ser reaproveitado, transformando-se em novos produtos ou matéria prima, sem perder as propriedades.

    Separando todo o lixo produzido em residências, estaremos evitando a poluição e impedindo que a sucata se misture aos restos de alimentos, facilitando assim seu reaproveitamento pelas indústrias. Além disso, estaremos poupando a meio ambiente e contribuindo para o nosso bem estar no futuro, ou você quer ter sua água racionada, seus filhos com sede, com problemas respiratórios.
    Algumas Vantagens:

    • Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e imagine quantas árvores você poderia ter ajudado a preservar.
    • Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita.
    • Quantas latinhas de refrigerantes você já jogou até hoje?
    • Com um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes.

    Agora imagine só os aterros sanitários: quanto material que está lá, ocupando espaço, e poderia ter sido reciclado!

    • Economia de energia e matérias-primas. Menos poluição do ar, da água e do solo.
    • Melhora a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo, dificilmente o joga nas vias públicas.
    • Gera renda pela comercialização dos recicláveis. Diminui o desperdício.
    • Gera empregos para os usuários dos programas sociais e de saúde da Prefeitura.
    • Dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma forma concreta, tendo mais responsabilidade com o lixo que geram.
    Retirado do site: http://www.compam.com.br/porquereciclar.htm


    Jemylee Sá.

    quinta-feira, 4 de março de 2010

    Vídeos - Concreto auto adensável

    O termo concreto auto-adensavel (CAA) identifica uma categoria de concreto que pode ser moldado em fôrmas preenchendo cada espaço vazio através exclusivamente de seu peso próprio, não necessitando de qualquer tecnologia de compactação ou vibração externa (TUTIKIAN, 2004). 

    Descreve-se a auto-adensabilidade do concreto fresco como a capacidade de preenchimento dos espaços vazios e o envolvimento das barras de aço e outros obstáculos pelo material, exclusivamente através da ação da força gravitacional, mantendo uma adequada homogeneidade (BOSILJVKOV, 2003).

    Aplicações do concreto Auto-Adensável

    O Concreto auto-adensavel é indicado para utilização em obras convencionais onde se quer maior velocidade de concretagem, redução de custos e melhor qualidade do concreto. Também em casos específicos a sua utilização é recomendada como, por exemplo:

    • Lajes de pequena espessura ou lajes nervuradas;
    • Fundações executadas por hélice contínua;
    • Paredes, vigas, colunas;
    • Parede diafragma;
    • Estações de tratamento de água e esgoto;
    • Reservatórios de águas e piscinas;
    • Pisos, contrapisos, lajes, pilares, muros, painéis;
    • Obras com acabamento em concreto aparente;
    • Locais de difícil acesso;
    • Peças pequenas, com muitos detalhes ou com formato não-convencional onde seja difícil a utilização de vibradores;
    • Fôrmas com grande concentração de ferragens.






    Ensaio de corpo de prova - Ensaio de Resistência à Compresão - NBR 7215/96

    Vídeo realizado pelas alunas de Arquitetura da USP, Anna Turra Ajzenberg, Ana Paula Cerniavskis Ribeiro do Prado e Nivea Maria Justino da Silva, em trabalho para a disciplina PEF605 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 2º SEMESTRE DE 2006.


    terça-feira, 2 de março de 2010

    Retração em Alvenaria Estrutural

    O efeito da retração, quando não tratado corretamente, é uma das principais causas de fissuras em edifícios, incluídos os de alvenaria estrutural. Este artigo tem por objetivo indicar alguns detalhes de projeto e cuidados durante a execução, para minimizar o potencial de desenvolvimento de fissuras por retração em edifícios de alvenaria estrutural.
    São indicados alguns cuidados como posicionamento de juntas, escolha correta dos blocos e respeito ao tempo de assentamento desses, armação das paredes e preenchimento das juntas verticais.

    Blocos de concreto
    O ensaio de retração por secagem dos blocos é realizado de acordo com a NBR 12117/1991. Serve para certificação da qualidade destes e deve ser realizado apenas pelo fabricante e não pela obra. A máxima retração permitida dos blocos é igual a 0,65 mm/m. Segundo a NCMA (National Concrete Masonry Association) (2003a), quando não há variação no traço ou no procedimento de fabricação, deve-se repetir o ensaio a cada dois anos. Nesse ensaio os blocos são submetidos a condições extremas de umidade, próxima a zero e 100%.
    No caso da parede construída na obra, não se espera que esta seja submetida a condições tão extremas e, portanto, a retração por secagem da parede será igual a uma parcela da retração medida no bloco. Entretanto, para se obter a retração total, deve-se somar a retração por carbonatação, além da retração inicial irreversível. Segundo o NCMA (2003b) a retração por carbonatação ocorre a partir da reação entre materiais cimentícios e o dióxido de carbono presente na atmosfera; é caracterizada por um processo lento e ao longo de vários anos e sugere considerar o valor de 0,25 mm/m.

    Para ler o artigo completo acesse aqui! 

    Artigo publicado pela Revista Téchne, edição 119 - Fevereiro de 2007.

    Jemylee Sá.

    Alvenaria com blocos de concreto - Alvenaria Estrutural

    Para ter certeza que seu bloco é de qualidade e adequado às suas necessidades, é necessário saber:
    • As especificações listadas pelo projetista. 
    • A aparência do bloco. Possui arestas vivas, sem trincas, cantos quebrados ou imperfeições?
    • Possui estrutura compacta?
    • Possui dimensões constantes?
    • O aspecto do bloco é homogêneo?
    • O bloco não quebra com facilidade?
    • Os ensaios de laboratório comprovam que suas características atendem às especificações de norma?

    Autoria: Grupo de Especialistas da ABCP.


    Jemylee Sá.

    Industrialização essencial - Aplicação de concreto auto-adensável na produção de pré-fabricados

    O concreto auto-adensável (CAA) é considerado um dos desenvolvimentos mais revolucionários ocorridos na construção nas últimas décadas. Particularmente no ramo de préfabricados, o CAA tem emergido de um objeto de estudo teórico para tornar-se muito popular. Em poucos anos, tem sido mais a regra do que a exceção em países industrializados (Walraven, 2007), de forma que, não existe tópico na indústria de préfabricados de concreto que tenha ganhado tanta atenção, utilizado em quase 100% da produção em algumas plantas no exterior. 
    No entanto, uma avaliação econômica centrada apenas na produção unitária do material pode apresentar altos custos iniciais. Segundo Bennenk (2007), esse aumento é compensado pela redução de mão-deobra consumida na concretagem. Para Brück (2007), os silêncios de produção, a boa superfície de acabamento, são geralmente declarados como justificativa para a utilização do CAA. Outro benefício é a melhora das condições de trabalho.
    Contudo, diante de um custo de mão-de-obra tão baixo como no Brasil, será que é viável a implantação do CAA? É o que se pretende demonstrar.

    Características técnicas 
    A implantação do concreto autoadensável na empresa estudada foi Aplicação de concreto auto-adensável na produção de pré-fabricados realizada no setor de protendidos pesados, em 100% dos casos. Na produção de vigas perfil I, vaso, calha e retangulares, que são elementos, normalmente, de maior complexidade devido às altas taxas de armaduras utilizadas.
    Utiliza-se cimento Portland de alta resistência inicial (CP V - ARI), adição de metacaulim HP Branco, aditivo superplastificante base policarboxilato, areia natural (quartzo) e agregado graúdo graduado (granito) (tamanho máximo 19 mm).
    O concreto possui fck de 50 MPa. Em casos especiais, são utilizados auto-adensáveis de 60 MPa e 70 MPa, dada à necessidade de saque das peças em tenras idades, possibilitando uma maior rotatividade das fôrmas metálicas. Inclusive, o uso de concretos de alto desempenho, aliado ao maior nível de controle da qualidade, possível de se obter em instalações fixas de indústria, são fatores que favoreceram o uso dessa nova tecnologia na indústria de pré-fabricado.
    Para a qualificação do material em dosagem se realizaram análises de:

    a) fluidez - Slump flow, em mm (ASTM C 1611, 2006); 
    b) viscosidade (indireta) - flow T50 cm, em s (ASTM C 1611, 2006), V-funnel e V-funnel 5 min, em s; 
    c) habilidade de passar por armaduras - L-box, H2/H1, em mm; 
    d) resistência à segregação - Column technique, em porcentagem (ASTM C 1610, 2006).

    Que seguiram a classificação da consistência apresentada pelo European Project Group (2005):

    a) Espalhamento - Slump flow SF2 660-750 mm: por ser adequado para a maioria dos casos de aplicação. O nível SF3 760-850 mm, embora não tenha uma utilização na mesma escala que o SF2, é necessário para moldagem de peças muito complexas e deve ser empregado em casos especiais. Já o nível SF1 550- 650 mm tem aplicações restritas em planta de pré-fabricados e, normalmente, não viabiliza um controle da qualidade adicional.
    b) Viscosidade -VS1/VF1, Slump flow T500 ≤ 2s e V-funnel ≤ 8 s: a viscosidade deve ser baixa, permitindo que o ar incorporado na moldagem escape com maior facilidade para a superfície da peça e, assim, possibilite um nível superior de acabamento, característico desse tipo de produção, onde a maioria dos elementos são de concreto aparente.
    c) Habilidade passante - PA2 Lbox ≥ 0,80, com três armaduras: é especificado por ser o mais exigente, dado a complexidade e elevada taxa de armadura do tipo de peça produzida.
    d) Resistência à segregação - SR2 ≤ 10 (%): deve ser das maiores, para resistir, sobretudo, às solicitações de transporte em ponte rolante, caminhão e também à grande energia com que o CAA é lançado na saída do misturador. Os detalhes dos equipamentos e a realização dos ensaios de qualificação do CAA são extensamente descritos na bibliografia.


    Para ler o artigo completo da Revita Téchne, publicado na Edição 135 - Junho de 2008 clique aqui! 


    Jemylee Sá.

    segunda-feira, 1 de março de 2010

    DICIONÁRIO DO CONCRETO

    Algumas terminologias:

    Abatimento – Ensaio normalizado para a determinação da medida da consistência do concreto fresco. Permite verificar se não há excesso ou falta de água no concreto.

    Abrasão – Desgaste superficial do concreto.

    Adensamento
    – Processo manual ou mecânico para compactar

    uma mistura de concreto no estado fresco, com o intuito de eliminar vazios
    internos da mistura ( bolhas de ar) ou facilitar a acomodação do concreto
    no interior das fôrmas.

    Aditivo
    – Produto adicionado ao concreto em pequenas quantidades,

    proporcional ao teor de cimento, no instante da pesagem dos componentes
    ou durante a mistura do concreto, para modificar suas propriedades
    antes ou após a aplicação.

    Agregados
    – Materiais granulares(brita, areia, etc.) que são unidos

    pela pasta de cimento no preparo do concreto.

    Reação álcali-agregado
    – Reação química entre compostos do cimento

    (álcalis) e certos agregados reativos, ocorrendo expansões danosas
    oufissuras.

    Bombeamento – Transporte do concreto por meio de equipamentos especiais, bombas de concreto e tubulações, que transportam o concreto do caminhão- betoneira até ao local de concretagem.

    Capeamento
    - Revestimento com pasta de cimento ou com uma
    mistura composta de material pulverulento e enxofre derretido, que regulariza os topos de um corpo-de-prova com o objetivo de distribuir uniformemente a carga durante o ensaio.

    Central dosadora – Local de dosagem ou mistura do concreto por
    meio de instalações e equipamentos especiais, sendo o mesmo transportado ao local de aplicação por caminhões-betoneira.

    Cobrimento – Espessura de concreto entre a superfície da armadura
    e a superfície do concreto.

    Consistência – É a medida da mobilidade da mistura (plasticidade), isto é, maior ou menor facilidade de deformar-se sob a ação de cargas. É expressa pelo ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test).

    Consumo de cimento – Quantidade dosada, em massa (kg), para produzir um metro cúbico de concreto.

    Corpo-de-prova – Amostra de concreto endurecido, especialmente preparado para testar propriedades como: resistência à compressão, módulo de elasticidade, etc.

    Cura – Procedimentos para a manutenção das condições favoráveis de umidade e temperatura nas primeiras idades do concreto que possibilitam o desenvolvimento de sua resistência e de outras propriedades.

    Desmoldante – Substância química utilizada para evitar a aderência do concreto à fôrma.

    Fonte: Realmix.

    Jemylee Sá.

    Ensaio de Abatimento do Tronco de Cone (Slump Test)

    O Ensaio de Abatimento do Tronco de Cone mede a consistência e a fluidez do material, permitindo que se controle a uniformidade do concreto. A principal função deste ensaio é fornecer uma metodologia simples e convincente para se controlar a uniformidade da produção do concreto em diferentes betonadas. Desde que, na dosagem, se tenha obtido um concreto trabalhável, a constância do abatimento indicará a uniformidade da trabalhabilidade.

    No Brasil este ensaio é regulamentado pela
    NBRNM67 (1998) – Determinação da Consistênciapelo Abatimento do Tronco de Cone. O ensaio basicamente consiste no preenchimento de um tronco de cone em três camadas de igual altura, sendo em cada camada dados 25 golpes com uma haste padrão. O valor do abatimento é a medida do adensamento do concreto logo após a retirada do molde cônico.

    A noção de trabalhabilidade é, portanto, muito mais subjetiva que física, e o componente físico mais importante da trabalhabilidade é a consistência, termo que, aplicado ao concreto, traduz propriedades intrínsecas da mistura fresca, relacionadas com a mobilidade da massa e a coesão entre os elementos componentes, tendo em vista a uniformidade e a compacidade do concreto, além do bom rendimento durante a execução da estrutura. Misturas com consistência rijas têm abatimento zero, de modo que não se consegue nestes casos observar variações de trabalhabilidade. Já misturas ricas, como as comumente utilizadas nos concretos para a construção civil, podem ser aferidas satisfatoriamente com este ensaio.

    Considerando-se as especificações dos concretos utilizados na construção civil, embora o ensaio apresente limitações, devido à facilidade de sua realização, torna-se muito útil para o controle da qualidade do concreto no estado fresco. No entanto, deve-se ter a garantia que o concreto foi dosado adequadamente e verificada a trabalhabilidade durante o seu preparo.

    Fonte: Informativo técnico - Realmix.

    Jemylee Sá.

    ENSAIO DE DOSAGEM DE ARGAMASSA – ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO – NBR 13528/95

    A argamassa é o material resultante da mistura homogênea de agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água, contendo ou não aditivos, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação própria (NBR 13281/94). São principalmente utilizadas no assentamento e nos revestimentos de alvenarias, com função de regularização e proteção dos elementos de vedação do edifício, cumprindo funções como: durabilidade, isolamento térmico e acústico, estanqueidade, desgaste superficial, entre outras.

    Fatores externos e internos podem influenciar na trabalhabilidade das argamassas, que é avaliada qualitativamente. Os fatores internos são: teor de água, proporção entre aglomerantes e agregados, distribuição granulométrica, forma e textura dos grãos e natureza e teor de aditivos. Os fatores externos são: tipo de mistura, transporte, aplicação no substrato, operações de sarrafeamento e desempeno, e características da base de aplicação. Umas das principais propriedades das argamassas é a aderência, propriedade que confere à interface revestimento/base de absorver e resistir aos esforços normais e tangenciais. A trabalhabilidade (plasticidade, consistência e retenção de água) influencia no mecanismo de aderência.

    O método de dosagem da argamassa é a operação de proporcionamento dos materiais que compõem as argamassas com o objetivo de atender propriedades específicas, no estado fresco ou endurecidas. Um importante método de dosagem é o método baseado nos estudos desenvolvidos na dissertação de SELMO (1989). Este método correlaciona três parâmetros: Parâmetro E (Equação 1.1) que é relação (agregado + cal) / cimento, a relação água/cimento (x) (Equação 1.2) e a relação água/cimento (Equação 1.3). A resistência de aderência desejada é a respostado método da dosagem.

    E = (Agregado + Cal) / Cimento (Eq. 1.1)

    X = Água/Cimento (Eq. 1.2)

    Cal/Cim = Cal/Cim (Eq. 1.3)


    O objetivo deste ensaio é estabelecer o método para dosagem de argamassa baseado nos estudos desenvolvidos na dissertação de SELMO (1989), a fim de, determinar a resistência ao arrancamento, ou seja, a resistência de aderência à tração desejada para determinar o traço unitário em massa indicado pela dosagem.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
    • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13528/95 - Método de ensaio - Determinação da resistência de aderência à tração ABNT, Rio de Janeiro, 1995. 16p.;
    • SELMO, S. M. S. Dosagem de argamassas de cimento Portland e cal para revestimento externo de fachada de edifícios. Dissertação. UFRGS. 1989;


    Jemylee Sá.

    Voltando a postar

    Depois de uma parada de mais ou menos 1 ano, o blog Engenharia Civil - Estudantes volta a ativa!

    Sejam bem vindos novamente!